25 de fev. de 2013

Ou destruímos esta dívida ou ela destrói-nos a nós

Está marcado um novo encontro nacional para discutirmos a auditoria à dívida. O que se pretende com a auditoria é saber qual a dívida pública, do Estado, as suas maturidades (quando se vence) e a quem é que devemos, mas também as causas do endividamento público. Precisa de ser feita uma análise ao endividamento público, onde e porquê é que se fizeram dívidas.
Será por um lado importante mostrar qual foi a evolução da dívida e qual é a sua composição, ou seja, a quem é que estamos a dever dinheiro. Houve uma alteração dessa composição: há um ano atrás era apenas uma pequena componente que era devida à troika, mas os empréstimos do BCE/EU/FMI têm ganho espaço dentro do endividamento público. Muito importante é também a análise evolução da dívida e o seu crescimento até hoje, a níveis de mais de 120% do PIB, e a análise da sustentabilidade da dívida, ou seja, com uma dívida de 120% do PIB a determinada taxa de juro, sabermos se estamos ou não numa espiral de endividamento suportável. A dívida funciona como bola de neve, ela é insustentável para o país e por isso tem de ser restruturada.
Desde a entrada da troika e deste governo PSD/CDS-PP, a dívida pública  portuguesa disparou 27 mil milhões de euros!!!
Também o sistema financeiro, apesar dos dinheiros públicos injetados (mais de 7 mil milhões de euros), não concede o indispensável crédito às atividades produtivas (o financiamento bancário às empresas diminui 13 mil milhões de euros desde Maio 2011 e só a região Norte Conjuntura da CCDRN, a quebra do financiamento à economia foi superior a 8% relativamente a 2011).
Com o governo PSD/CDS-PP há um colossal crescimento da dívida: em dezasseis meses de governo (entre julho de 2011 e novembro de 2012) a dívida cresceu 27.280  milhões de euros, mais de 1,7 mil milhões por mês, 56 milhões de euros/dia ou 2,3 milhões por hora. É um aumento brutal da dívida pública. Quando um governo obtém um empréstimo é suposto utilizá-lo para amortizar a dívida e para investir no melhoramento da capacidade económica do país, para aumentar a produção e poder cumprir mais facilmente o serviço da dívida. Ora o que está a acontecer não é nada disto: nem diminui a dívida, nem há crédito para a economia.
Esta  dívida e o peso que tem o serviço da dívida - o que o estado paga de juros - é insustentável e por isso tem de haver um processo que leve à diminuição desse peso para os contribuintes portugueses. Por outro lado, a imposição de baixar o PIB (empobrecer o país, como confessou Passos Coelho) que está associada aos empréstimos da troika, está a  corroer os fundamentos do Estado Social e a nossa economia em geral. Esta recessão está a matar a economia. Tem que se  parar esta política do governo PSD/CDS-PP que está a atacar os trabalhadores e pensionistas, a  destruir o país.
O povo tem de tomar a palavra!

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