6 de set. de 2013
24 de mai. de 2013
Programa de Emergência Social
Integrado no Programa de Emergência Social o BE vai visitar o Centro Social Valbom. Com a presença de José Soeiro (membro da Comissão Política do BE).
É já amanha às 15h, participa.
16 de mai. de 2013
APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA DO BLOCO DE ESQUERDA EM GONDOMAR
Convidam-se tod@s @s aderentes/simpatizantes do BE a comparecerem àapresentação dos candidatos do Bloco de Esquerda em Gondomar, amanhãdia 17 de maio, pelas 21h30 na Escola Dramática e Musical Valboense.
8 de mai. de 2013
A troika não manda aqui...
O primeiro ministro promete à troika voltar a impor os cortes no subsídio de desemprego e de doença chumbados pelo Tribunal Constitucional. Fala de “aplicação de uma tabela salarial única e de convergência de legislação laboral e dos sistemas de pensões do setor público e privado. E quer cortar 1200 milhões de euros nas áreas da segurança social, saúde, educação, e empresas públicas. Passos Coelho escreve à troika e promete novos cortes. E nós respondemos-lhe: a troika não manda aqui. O primeiro ministro promete dar a volta à decisão do tribunal constitucional (TC) .E garante que vai manter os cortes de 5 % sobre o subsídio de doença e de 6% sobre o subsídio de desemprego com um ligeira alteração para contornar a decisão do TC. Na carta enviada à diretora geral do FMI, Cristine Lagarde, ao presidente da CE, Durão Barroso, ao presidente do BCE, Mario Draghi, Passos Coelho diz que o despacho do ministro das finanças publicado na segunda feira proibindo a contratação de novas despesas no setor público dará origem à decisão em conselho de ministros de cortes em cada ministério, no montante global de cerca de 600 milhões de euros. Os cortes restantes de cerca de 600 milhões serão assegurados através da antecipação para este ano de algumas medidas previstas para 2014. No início da carta Passos Coelho fala de um processo de revisão estrutural dos gastos em funções do estado e refere que a estratégia orçamental para 2013-2017, a preparar em consultas com a troika a apresentar em breve, terá em conta essas medidas e servirá de base ao orçamento de Estado para 2014. Passos também afirma que, em face ao recente acórdão do T C. O governo está preparado para, caso seja necessário, substituir quaisquer medidas por outras de valor e qualidade equivalentes promete que este processo ficará concluído de forma atempada de pois de conversas com a CE, o BCE e o FMI. Este é um governo que não quer saber dos portugueses, só tem ouvidos para os senhores da troika. Este é um governo perigoso.. A coligação PSD/CDS-PP quer continuar a aplicar o programa de destruição da economia e do emprego, baixar os salários e reduzir as pensões dos reformados. Este governo está ao serviço dum projeto político que irá rebentar com a Europa e aproximar-nos perigosamente da Guerra. Por tudo isto os povos europeus vão lutar contra políticas que se apoderaram das instituições da união europeia e estão a destruir os ideais de paz, prosperidade e pleno emprego. Por tudo isto, os portugueses exigem a demissão do governo e que seja dada a palavra ao povo.
Rui Nóvoa
in: jornal vivacidade
Rui Nóvoa
in: jornal vivacidade
Uma carta, três enganos
Continuando o que já se pode considerar a tradição epistolar destes tempos de crise, Passos Coelho escreveu uma carta à troika sobre os cortes no Estado Social. Aí avisa que está a estudar cortes adicionais desde o verão de 2012. Esta informação é uma raridade na comunicação governamental: é verdadeira. Os professores que foram despedidos, os hospitais onde os medicamentos faltam e as famílias a quem a segurança social falha quando perdem tudo, já sabem há muito que é assim (e que se arrisca a ser pior). Mas o Governo, por estes dias, tem contado uma história diferente; Passos Coelho e Paulo Portas afirmam a cada passo que os cortes são consequência da decisão do Tribunal Constitucional. A carta à troika esclarece o engano. Cortar as despesas sociais e nos serviços públicos não é o plano B do Governo. Sempre foi o plano A.
A decisão do Tribunal Constitucional provocou a ira do Governo. Vítor Gaspar publicou mesmo um despacho paralisando todo o Estado até encontrar alternativas aos “custos” da decisão. Pagar 13.º mês a função pública e pensionistas, repor os 5% e 6% cortados nos subsídios de doença e desemprego, aparece ao Governo como um desvio colossal das contas. Talvez seja melhor desfazer o equívoco: as metas orçamentais falhadas, só em 2012, constituem um desvio três vezes maior que o valor para cumprir a Constituição. E é bom não esquecer que Vítor Gaspar impôs medidas de austeridade de 24 mil milhões de euros para conseguir menos de 7 mil milhões de consolidação orçamental; ou seja, deitaram ao lixo mais de 17 mil milhões de euros. CDS e PSD, se querem dramatizar politicamente a necessidade de cumprir o défice, só têm que olhar para os seus próprios falhanços.
O Governo fez já por diversas vezes o que sempre jurou que nunca faria: renegociar. A palavra que parecia criminosa há dois anos, quando o Bloco afirmou sozinho que a renegociação é inevitável, faz agora parte do quotidiano do país. Governo e Bruxelas anunciam agora o alargamento por sete anos dos prazos de pagamento da dívida.
Sempre dissemos que ter mais tempo para pagar é uma das condições para tornar a divida mais sustentável. Pagando menos por ano, poderemos libertar dinheiro para o investimento e a promoção do emprego. Mas, ao associar essa extensão do prazo a medidas adicionais de austeridade - como fez o Governo -, ficamos “amarrados” por mais tempo e com menores condições de pagar. Não há prazo que nos valha, quando mais tempo é também mais austeridade. Se a política continua a matar a economia, a dívida não será nunca paga.
Catarina Martins
in:jornal vivacidade
A decisão do Tribunal Constitucional provocou a ira do Governo. Vítor Gaspar publicou mesmo um despacho paralisando todo o Estado até encontrar alternativas aos “custos” da decisão. Pagar 13.º mês a função pública e pensionistas, repor os 5% e 6% cortados nos subsídios de doença e desemprego, aparece ao Governo como um desvio colossal das contas. Talvez seja melhor desfazer o equívoco: as metas orçamentais falhadas, só em 2012, constituem um desvio três vezes maior que o valor para cumprir a Constituição. E é bom não esquecer que Vítor Gaspar impôs medidas de austeridade de 24 mil milhões de euros para conseguir menos de 7 mil milhões de consolidação orçamental; ou seja, deitaram ao lixo mais de 17 mil milhões de euros. CDS e PSD, se querem dramatizar politicamente a necessidade de cumprir o défice, só têm que olhar para os seus próprios falhanços.
O Governo fez já por diversas vezes o que sempre jurou que nunca faria: renegociar. A palavra que parecia criminosa há dois anos, quando o Bloco afirmou sozinho que a renegociação é inevitável, faz agora parte do quotidiano do país. Governo e Bruxelas anunciam agora o alargamento por sete anos dos prazos de pagamento da dívida.
Sempre dissemos que ter mais tempo para pagar é uma das condições para tornar a divida mais sustentável. Pagando menos por ano, poderemos libertar dinheiro para o investimento e a promoção do emprego. Mas, ao associar essa extensão do prazo a medidas adicionais de austeridade - como fez o Governo -, ficamos “amarrados” por mais tempo e com menores condições de pagar. Não há prazo que nos valha, quando mais tempo é também mais austeridade. Se a política continua a matar a economia, a dívida não será nunca paga.
Catarina Martins
in:jornal vivacidade
2 de mai. de 2013
Intervenção nas comemorações do 25 Abril em Rio Tinto
Ao celebrarmos o
25 de Abril, festejamos a vitória da liberdade sobre a ditadura, o triunfo da
democracia sobre o autoritarismo.
Em
1974, foi premente fazer uma revolução para mudar de regime e construir um
estado democrático.
É inevitável que se fale naqueles que a tornaram
possível, pois foi graças a eles, aos corajosos militares de Abril, que
enfrentaram sem temor o regime fascista.
Na altura, foi essencial, para a
consolidação do novo regime, que Portugal projectasse para o exterior a imagem
de um país livre e responsável, um Estado plenamente integrado na comunidade
internacional e merecedor de respeito.
Ao longo de um caminho difícil,
conseguimos, em poucos anos, mudar de regime, realizar eleições livres, fazer
uma Constituição que ainda hoje vigora e aderir de pleno direito às Comunidades
Europeias.
Passaram-se então 39 anos!
Hoje festejamos esta importante data.
Mas não estamos particularmente
felizes!
Os
tempos que atravessamos, são dos mais difíceis da nossa história mais recente,
onde liberdade, verdade e desenvolvimento continuam a ser paradoxos que nos
fazem pensar, num quadro de preocupações cada vez mais latente.
Liberdade
de acção em tempos de novas ditaduras, subjugadas aos interesses económicos,
dos mais ricos sobre os mais fracos, onde hoje, sentimos que afinal a liberdade que nos foi
oferecida pelos militares, não foi para benefício do nosso povo, tantos anos
sacrificado.
Hoje, os
sacrifícios continuam, de forma mais violenta. Pelo que, essa liberdade não
está, totalmente conseguida.
Verdade,
é a verdade que falta, tantas vezes nos actos, nos relatórios e nas palavras
das instituições onde se ancora a subsistência das comunidades.
E
Desenvolvimento, que é uma premissa que tem de estar permanentemente em vigor.
Evocar
Abril é lançar esperança e abrir caminho para novos desígnios, mas onde o
cidadão é, e terá de ser sempre, o centro das preocupações.
Comemorar
Abril significa acreditar no futuro, mas se há altura em que faz mais sentido
apelar aos sentimentos que fizeram o 25 de Abril, é este o momento!
O
país, precisa de pequenas revoluções diárias, quer no nosso dia-a-dia
profissional, quer na nossa comunidade, enquanto espaço aberto à cidadania e ao
desejo de lutar por um país que resiste, um país que tem potencialidades e
oportunidades suficientes para se afirmar. E tanto é válido um discurso numa
assembleia, como uma mobilização popular, porque tudo faz corrente e quem
governa tem de saber interpretar as correntes e os sinais das populações, atendendo
sempre à necessidade de salvaguarda do Estado Social, como garante da
sobrevivência mínima e apoio indispensável a uma melhor qualidade de vida dos
cidadãos em geral.
Este
país, vítima do capitalismo selvagem, tem de seguir novo rumo.
Este
país dominado por lobbies, tem de fazer da Justiça uma bandeira e agitá-la de modo
a evitar uma maior degradação do sistema político e económico. Ninguém resiste
ao sentimento de impunidade de alguns, quando se é forte com os fracos!
Abril é tempo de dizer basta a certos desvarios, que não são um exclusivo da
classe política, mas de tantas classes que minam o Estado!
Nós, e as
futuras gerações, somos os herdeiros duma revolução! Teremos assim que ser
também nós, todos, a combater contra os poderes exorbitantes dos novos
“senhores do planeta”: os mercados financeiros, as grandes multinacionais, o
Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE), a União Europeia
(UE), entre outros.
Neste
dia em que comemoramos a revolução dos cravos, devemos erguer a nossa voz e
juntá-la às demais, onde o global chega às nossas terras, com o que de bom a
ciência proporciona, mas com todos os efeitos colaterais das guerras de
mercados financeiros, comandados por homens sem escrúpulos.
E
assim se aplica ao nosso concelho a mesma visão do mundo: de problemas, de
controvérsias, de dificuldades, mas também de soluções.
E assim se pode dizer com toda a propriedade que, também localmente, aqui em
Rio Tinto, a melhor alavanca para o progresso é, desde logo, o entusiasmo, a
dedicação e o gosto que as pessoas põem naquilo que fazem e o espírito de
iniciativa que empreendem.
Na mobilização colectiva que é preciso fazer, deve por isso conjugar-se
experiência e juventude, conhecimento técnico e científico com sabedoria
popular.
É
tempo de todos sabermos separar o essencial do acessório. De todos nos
mobilizarmos em torno desse grande desígnio, que é o da criação de postos de
trabalho, para o aumento da riqueza no nosso concelho e freguesia. Não é fácil
criar empregos, mas o nosso rumo não pode sair dessa linha.
Lá fora, as populações esperam dos políticos locais, acções e políticas
concretas, que dêem frutos e de preferência no imediato, porque o tempo não tem
contemplações.
Por
isso também, devemos fazer desta tribuna um lugar para procurar influenciar o
executivo para aquilo que entendemos que é o melhor para a nossa freguesia, sem
tibiezas ou falsos moralismos, porque todos temos esse dever.
Aqui
é o lugar da palavra e como em Abril, a palavra é uma arma. Saibamos nós
utilizá-la. Saibamos nós interpretar as palavras de cada um, neste quadro
complexo em que nos movimentamos.
Não podemos pensar que não adiantamos nada em falar. Temos de falar. Temos de
nos entusiasmar, de dar animo uns aos outros, para puxarmos pelo entusiasmo e
dinamismo e contagiarmos esse dinamismo lá para fora, para o sector económico,
cultural e social da nossa comunidade.
Cumprir
Abril é fazer justiça para com as populações que reclamam há décadas, sem ser
ouvidas e atendidas, como acontece em matéria de acessibilidades ou quando temos necessidade de apoio
médico e medicamentosa através do SNS.
Neste
dia histórico em que assinalamos a revolução que conduziu Portugal à liberdade
e ao progresso, quero aqui também lembrar o papel do poder local no desenvolvimento
do país em geral, do nosso concelho e em particular da nossa freguesia.
Por estas
razões, é crucial para a qualidade da nossa Democracia que todos os cidadãos,
sem excepção, participem activamente na discussão e na decisão dos assuntos que
dizem respeito ao bem comum, e que o façam tanto no seio das famílias, como nas
tertúlias, nas associações da sociedade civil, nas organizações políticas ou em
qualquer outro palco, que cada um de nós tenha a responsabilidade e o dever de
contribuir para o aperfeiçoamento do sistema democrático que nos rege,
melhorando-o dia após dia, perseguindo incessantemente o sonho que deu corpo às
motivações dos heróicos Capitães de Abril.
Por tudo
isto o 25 de Abril ainda não cumpriu a sua missão. Por tudo isto a memória do
25 de Abril deve ser continuamente invocada.
Sente-se que
o povo está no limite da sua paciência com as actuais políticas ditadas e
comandadas pelos chamados mercados financeiros, que outra coisa não são do que
fantoches do capitalismo.
À conta das
suas investidas capitalistas, verificamos que poucos de nós irão ter capacidade
de resistir.
Nunca as
troikas mercantilistas, ao serviço dos grandes grupos financeiros mundiais,
deixarão de perseguir os pequenos e mais fragilizados, até conseguirem a sua
submissão.
A
defesa do que resta das conquistas de Abril soará como frase vazia se não for
parte de uma acção apontada para o futuro, que faça frente ao capitalismo de
hoje e ao seu cortejo de misérias actuais.
E onde está o 25 de Abril?!
Ele continua
adiado! Caberá a todos nós lutar para fazê-lo renascer!
Enquanto
tivermos forças para lutar, seguiremos em frente, na procura dos caminhos da
solidariedade e do desenvolvimento humano que pretendemos para o nosso país e
para a nossa terra, sempre na busca de uma sociedade mais justa e igualitária,
onde um homem não possa ser explorado por outro homem.
Por tudo isto,
hoje, sentimos ainda mais necessidade de gritar à semelhança do que ocorreu em
Abril.
Há quase
quarenta anos, demos um exemplo ao mundo. Os cravos anunciaram um país livre e por
isso acreditamos em valores que consideramos cada vez mais fundamentais para a
humanidade: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, mas sentimos que é
difícil falar destes valores aos mais de um milhão de portugueses que se
encontram desempregados e sem perspectivas.
Passados todos estes anos após o 25 de Abril, não foram
ainda atingidos, no todo nacional, alguns preceitos fundamentais da nossa
Constituição, nomeadamente:
A Educação,
A Habitação,
O Emprego,
A Saúde,
A Justiça.
Isto significa, que nestes 39 anos
de avanços e recuos, continua por cumprir Abril. Abril que tinha como objectivo
principal a Igualdade de Oportunidades para todos.
Importa, por isso, que se faça um
grande esforço, para que essas oportunidades sejam implementadas com
celeridade, para que possamos, de facto, considerar-nos um país justo,
equilibrado e solidário.
Importa neste dia saber,
principalmente o que pensam os nossos jovens, passados que foram estes anos.
Será que se cumpriu Abril? Será que Portugal não irá precisar deles?
Por isso Abril não pode ser Abril
sem se enfrentar os problemas de hoje, pois muitos que eram os de ontem, são os
de hoje e não fomos capazes de os solucionar.
Não podemos
continuar impávidos a assistir ao decrescimento constante da cultura e do
saber, bem como indícios de falta da qualidade no nosso ensino.
Não podemos
continuar impávidos assistir a um aumento assustador do crime organizado.
Não podemos
continuar impávidos e complacentes à corrupção que grassa na nossa sociedade,
sem que se tomem medidas efectivas para a erradicar.
Não podemos
continuar a assistir impávidos, ao encerramento de empresas que quase todos os
dias colocam centenas de portugueses, Homens e Mulheres, no desemprego e no
desespero.
Não podemos continuar indiferentes
aos problemas dos cidadãos com deficiência e promover rapidamente a sua
inserção na sociedade.
Não podemos continuar impávidos aos
que no silêncio das suas casas, por vergonha, passam fome e que não têm
condições para sobreviver.
A importância que pretendemos dar a
este acto – Evocar Abril – tem de ser para todos nós, e para os Portugueses em
geral, um acto de consciência cívica, que seja a de trabalhar, dia-a-dia, para
o um país mais justo e mais solidário.
Esta é a
minha preocupação, esta será, tenho a certeza, a preocupação de todos vós, esta
será de certeza, a única razão que nos poderá levar a continuar a - Evocar
Abril.
A Luta
Continua!
VIVA A
LIBERDADE!
25
DE ABRIL, SEMPRE!
Rio
Tinto, 25 de Abril de 2013
Davide
da Costa
Assembleia de freguesia de Rio Tinto 22/04/2013
Na assembleia de freguesia de Rio Tinto de 22/04/2013 o BE apresentou duas moções ambas aprovadas por unanimidade:
Moção a
Rejeitar o novo regime financeiro das autarquias locais para preservar a Autonomia Local
Após o ataque à organização territorial das freguesias, eliminando contra a vontade
dos autarcas e das populações mais de mil freguesias, o governo avançou com novas propostas para
desfigurar completamente o poder local. Com a proposta de lei n° 104/XII são extintas as Assembleias
Metropolitanas do Porto e de Lisboa e são consideravelmente diminuídas as competências dos municípios e freguesias.
Agora, o Governo apresentou na Assembleia da República a Proposta de Lei n° 122/XII/2.ª, que estabelece o regime financeiro das autarquias
locais e entidades intermunicipais, prevendo graves constrangimentos financeiros
aos municípios,
pondo em causa a autonomia local, designadamente ao:
a)
Reduzir o montante da participação das autarquias nos Impostos do
Estado, reduzindo
substancialmente o Fundo de Equilíbrio Financeiro, no que aos municípios respeita, e reduzindo em
20% o Fundo de Financiamento das Freguesias;
substancialmente o Fundo de Equilíbrio Financeiro, no que aos municípios respeita, e reduzindo em
20% o Fundo de Financiamento das Freguesias;
b)
Deixar de excepcionar dos limites de
endividamento empréstimos destinados ao aproveitamento de
fundes comunitários, à construção de habitação social ou a fazer face a calamidades, passando ainda
a, retroactivamente, incluir empréstimos que já hajam sido efectuados nos limites de endividamento;
fundes comunitários, à construção de habitação social ou a fazer face a calamidades, passando ainda
a, retroactivamente, incluir empréstimos que já hajam sido efectuados nos limites de endividamento;
c)
Estabelecer um regime de intervenção nas autarquias locais, em caso de desequilíbrio económico,
que viola a autonomia local e a proibição de tutela de mérito prevista no artigo 242.°, n° 1 da
Constituição da República Portuguesa.
que viola a autonomia local e a proibição de tutela de mérito prevista no artigo 242.°, n° 1 da
Constituição da República Portuguesa.
Esta Proposta de Lei é da maior gravidade porquanto, e de
acordo com a Resolução do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) sobre a
Proposta de Lei n° 122/XII se verifica que;
a)
Com apenas 8,9% das receitas do Estado e
com apenas 7,2% das despesas do mesmo Estado, os
Municípios suportam cerca de 36% do investimento público do País;
Municípios suportam cerca de 36% do investimento público do País;
b)
Em Dezembro de 2012 (à semelhança do que se tem verificado
mensalmente, nos últimos 24 meses), os
Municípios contribuíam decisivamente para a redução do défice público com 647,8 milhões de euros, em
contraste com o défice do Estado de mais de 8.800 milhões de euros;
Municípios contribuíam decisivamente para a redução do défice público com 647,8 milhões de euros, em
contraste com o défice do Estado de mais de 8.800 milhões de euros;
c)
No final de 2011, a dívida
direta do Estado era de quase 175 mil milhões de euros, comparada com uma
dívida bruta dos Municípios de 5,7 mil milhões de euros (apenas 3% da dívida total das Administrações
Públicas é dos Municípios e 95% é da responsabilidade do Governo);
dívida bruta dos Municípios de 5,7 mil milhões de euros (apenas 3% da dívida total das Administrações
Públicas é dos Municípios e 95% é da responsabilidade do Governo);
Assim, a Assembleia de
Freguesia de Rio Tinto reunida em sessão ordinária em 22 de Abril de 2013, no uso da competência que lhe é
conferida nos termos do artigo 53.°, n.º
1, alínea o) da Lei n.º
169/99, de 18 de Setembro, delibera:
1-
Manifestar concordância genérica com o parecer da ANMP sobre a
Proposta de Lei n,º
122/XII/2.a
2-
Manifestar o seu Inequívoco desacordo com a Proposta de Lei
n.º 122/XII/2.ª
3 - Exigir o respeito pela autonomia do Poder Local.
3 - Exigir o respeito pela autonomia do Poder Local.
Moção b
Sobre a Lei do Arrendamento Urbano
A
entrada em vigor em 12 de Novembro último
do novo regime do arrendamento urbano poderá levar ao despejo de 40.000 famílias na região Norte, antevê a Associação
Nacional de Proprietários.
No
mesmo sentido, as várias associações de
inquilinos do país, com apreensão, se pronunciam sobre o desastre social que pode decorrer, caso esta lei não venha a ser
alterada. Às associações de inquilinos e aos
partidos da oposição chegam diariamente relatos de inquilinos em situação de
desespero perante o aumento brutal das rendas impostas pelos senhorios.
A situação é tão escandalosa que a própria Ministra da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território, se viu forçada a anunciar a distribuição de folhetos e sessões
de esclarecimento nas áreas metropolitanas sobre
as alterações no regime do arrendamento.
No concelho de Gondomar, a aplicação da lei n° 31/2012 de 14 de Agosto (que prevê, como é
sabido, a liberalização total das rendas num prazo de cinco anos), irá ter
graves consequências sociais, já que a imposição,
de facto, duma renda de 1/15 (6,7%) do valor patrimonial actualizado do fogo conforme prevê a nova lei, vai gerar
rendas incomportáveis para um número muito elevado de inquilinos.
Outra das
graves consequências das medidas previstas nesta lei quanto ao
arrendamento não habitacional será o encerramento de pequenas e médias empresas comerciais no concelho de
Gondomar e especificamente na freguesia de Rio Tinto, com o aumento ainda
maior do desemprego, pelo que se impõe
a revisão desta lei.
Num
tempo em que são impostas à população
medidas de empobrecimento forçado, descida dos salários e das pensões, agravamento de impostos, não é justo nem
aceitável aplicar uma lei que prevê aumentos muito
significativos das rendas e a facilitação dos despejos que atinge principalmente as populações idosas e com poucos recursos
económicos.
Assim,
a Assembleia de Freguesia de Rio Tinto,
reunida em Sessão Ordinária no dia 22 de Fevereiro de 2013, perante o
inevitável agravamento da situação social decorrente do novo regime do arrendamento urbano, delibera defender:
Uma moratória na aplicação da lei nº 31/2012 de 14 de Agosto,
enquanto decorrer o PAEF e a consequente diminuição
de salários e pensões e o agravamento de impostos.
5 de mar. de 2013
Moção apresentada na Assembleia Municipal de Gondomar
Moção
Pela Democracia
Local
A Proposta de Lei n.º 104/XII vem propor um novo regime jurídico para as
autarquias locais e estabelecer o
estatuto das entidades intermunicipais, agora promovidas a “entes integradores dos diversos municípios”..
Pela proximidade e pelo importante
serviço prestado às populações, as autarquias deviam ter as suas competências
alargadas e passar a ter mais recursos financeiros. As populações deviam ver
melhoradas as possibilidades de participação nos órgãos autárquicos, a
democracia local devia ser reforçada, a instituição das Regiões Administrativas
devia ser entendida como um instrumento decisivo na racionalização do Estado e no combate ao
desperdício de recursos públicos. Mas a
Proposta de Lei n.º 104/XII não vai nesse sentido, vai num outro
caminho, de desqualificação das autarquias e do poder local.
O núcleo essencial das funções dos
órgãos deliberativos será afetado, os princípios da independência e da
especialidade das autarquias serão postos em causa se forem aprovadas
normas como a que prevê que a fixação de taxas e impostos (como
a do IMI) pelas assembleias municipais –
artº 25º b) c) e d), passe a ser
condicionada por pareceres prévios dos novos órgãos das áreas metropolitanas e
comunidades intermunicipais.
Também sobre as novas entidades
intermunicipais e as suas Comissões Executivas (não eleitas diretamente, mas
com remuneração superior à dos deputados da República), não foram tidas em
conta pelo governo as sugestões apresentados pelas Juntas Metropolitanas do
Porto e de Lisboa sobre as experiências positivas de áreas metropolitanas
noutros países europeus.
Com a proposta de lei nº 104/XII
elimina-se a figura da “moção de censura”, há mais centralização do poder, mais
reforço do presidencialismo, menos fiscalização dos eleitos, menos participação
popular e menos democracia local. O tão
anunciado alargamento das competências das freguesias traduz-se afinal numa mão
cheia de nada: a emissão de parecer
sobre o nome das ruas -artº 16º nº1 w), a conservação de abrigos de passageiros – artº 16º nº 1 z), o licenciamento de arrumadores de automóveis
–artº 16º nº 3- ou a limpeza de
balneários, lavadouros e sanitários -artº 16º nº 1 aa) …
Assim, a Assembleia Municipal de
Gondomar, reunida em 27 de Fevereiro de 2013, delibera:
a)
Manifestar a sua vontade em que sejam reforçadas as competências e os recursos
das autarquias locais;
b) Exprimir o seu desacordo com a supressão prevista
na Proposta de Lei nº 104/XII da possibilidade de apresentação de moções de censura aos executivos autárquicos;
c)
Manifestar a sua discordância pela diminuição da responsabilização política e
do poder de fiscalização democrática dos órgãos deliberativos das autarquias
(Enviar à Presidente da Assembleia da República e Grupos Parlamentares)
O
Deputado Municipal do Bloco de Esquerda
Rui Nóvoa
Intervenção sobre o parecer da Associação Nacional de Municípios.
A proposta de Lei 104/XII apresentada assume um quádruplo
propósito.
A criação de um novo regime jurídico das Autarquias Locais.
A criação de um estatuto das entidades Intermunicipais.
Um novo regime de transferências de competências do Estado
para as Autarquias Locais e para as entidades Intermunicipais, assim como da
delegação de competências do Estado nas Autarquias e nas entidades
Intermunicipais e dos municípios nas entidades Intermunicipais e nas
Freguesias.
A percentagem total da divida dos Municípios no total da divida do Estado Português é aproximadamente 4%, REPITO 4%.
Importa contrariar
outra ideia feita de que os Municípios têm de ter maior escala,
se comparar-mos os Municípios Portugueses com os seus congéneres Europeus concluímos que são mais de seis vezes superiores à
media Europeia e em termos de superfície é mais de sete vezes superior à média Europeia em termos de população.
Mas se comparar-mos os Municípios Portugueses com os seus congéneres dos maiores países Europeus
como Espanha, Itália, França, ou Alemanha chegamos à conclusão que são varias dezenas
de vezes superiores em termos de área e de população medias.
Tal evidencia que não fará sentido procurar transformar as
CIM/Áreas Metropolitanas Portuguesas em mega Municípios, muito menos pela via da
redução significativa das competências Municipais, aliás esse esvaziamento dos Municípios agravaria ainda
já mui penoso processo de encerramento de serviços colectivos de proximidade os quais deviam constituir o compromisso mínimo de cidadania do estado para com os Portugueses, sobretudo,
para com aqueles que vivem em zonas de menor densidade, (depois dos centros de
saúde, maternidades e escolas, seguiram-se
os tribunais e as freguesias, seriam agora os próprios Municípios!!?)
A regionalização é decisiva no combate ao desperdício de
recursos públicos e na criação de sinergias entre serviços regionais, as regiões
administrativas são fundamentais por razões de maior proximidade, de maior flexibilidade de actuação e de maior conhecimento das realidades concretas dos
seus territórios Decidir bem, depressa e de forma próxima é condição chave
para um combate eficaz e eficiente à gravíssima crise económica.e sobretudo,
social que vivemos.
Apelo a todos que acompanhem a decisão da Associação
Nacional de Municípios Portugueses na rejeição do projecto de diploma em apreço
com o seu parecer Desfavorável.
Deputado Municipal do Bloco de Esquerda
Rui Nóvoa
Intervenção na Assembleia Municipal de Gondomar.
A troika chegou a Lisboa para
o 7º exame do chamado Memorando de Entendimento.
Vem avaliar o grau de
destruição económica e social do país. Quantos milhões de pobres resultaram da
aplicação das medidas acordadas com o governo, quanto sofrimento causaram aos
reformados e pensionistas com o corte nas suas já magras pensões, que
diminuição já ocorreu nos salários dos trabalhadores, quantos contratos colectivos de trabalho foram revogados por decisão unilateral dos patrões,
quantas centenas de milhar de novos desempregados foram criados, quantas famílias foram despedaçadas, quantos idosos deixados ao abandono, quantas
crianças com fome …
A lista da brutalidade social
é imensa. E já se sabe qual a avaliação. Ainda é preciso fechar mais empresas,
diminuir a produção, pôr mais trabalhadores no desemprego, cortar ainda nos
subsídios de desemprego e de doença, entregar mais empresas estratégicas ao governo da China, rebentar com a escola
pública e com o serviço nacional de saúde. Tanta destruição, só comparável à
que resultou das invasões de Napoleão no século 19.
Baixar o défice e a dívida
foram as razões invocadas para a entrada da troika. Mas passados dois anos, nem
há menos défice nem há menos dívida pública. Apesar de terem sido recebidos
quase 63 mil milhões de euros da EU/FMI e BCE e de terem sido emitidos mais de
50 mil milhões de de bilhetes e obrigações do Tesouro, o que aconteceu foi um
aumento colossal. Em dezasseis meses de governo PSD/CDS-PP a dívida cresceu
quase 30.000 milhões de euros, mais de 1,7 milhões de euros por mês, 56 milhões
de euros por dia, 2 milhões de euros por hora. Para onde foram mais de 110 mil
milhões de euros ???
Perante o ataque tão destruidor
ao país e ao povo é inteiramente adequada acção de protesto marcada para o
próximo sábado 2 de Março em todo o país, Daqui saudamos esta iniciativa …
O Deputado municipal do Bloco
de Esquerda
Rui Nóvoa
25 de fev. de 2013
Ou destruímos esta dívida ou ela destrói-nos a nós
Está marcado um novo encontro nacional para discutirmos a auditoria à dívida. O que se pretende com a auditoria é saber qual a dívida pública, do Estado, as suas maturidades (quando se vence) e a quem é que devemos, mas também as causas do endividamento público. Precisa de ser feita uma análise ao endividamento público, onde e porquê é que se fizeram dívidas.
Será por um lado importante mostrar qual foi a evolução da dívida e qual é a sua composição, ou seja, a quem é que estamos a dever dinheiro. Houve uma alteração dessa composição: há um ano atrás era apenas uma pequena componente que era devida à troika, mas os empréstimos do BCE/EU/FMI têm ganho espaço dentro do endividamento público. Muito importante é também a análise evolução da dívida e o seu crescimento até hoje, a níveis de mais de 120% do PIB, e a análise da sustentabilidade da dívida, ou seja, com uma dívida de 120% do PIB a determinada taxa de juro, sabermos se estamos ou não numa espiral de endividamento suportável. A dívida funciona como bola de neve, ela é insustentável para o país e por isso tem de ser restruturada.
Desde a entrada da troika e deste governo PSD/CDS-PP, a dívida pública portuguesa disparou 27 mil milhões de euros!!!
Também o sistema financeiro, apesar dos dinheiros públicos injetados (mais de 7 mil milhões de euros), não concede o indispensável crédito às atividades produtivas (o financiamento bancário às empresas diminui 13 mil milhões de euros desde Maio 2011 e só a região Norte Conjuntura da CCDRN, a quebra do financiamento à economia foi superior a 8% relativamente a 2011).
Com o governo PSD/CDS-PP há um colossal crescimento da dívida: em dezasseis meses de governo (entre julho de 2011 e novembro de 2012) a dívida cresceu 27.280 milhões de euros, mais de 1,7 mil milhões por mês, 56 milhões de euros/dia ou 2,3 milhões por hora. É um aumento brutal da dívida pública. Quando um governo obtém um empréstimo é suposto utilizá-lo para amortizar a dívida e para investir no melhoramento da capacidade económica do país, para aumentar a produção e poder cumprir mais facilmente o serviço da dívida. Ora o que está a acontecer não é nada disto: nem diminui a dívida, nem há crédito para a economia.
Esta dívida e o peso que tem o serviço da dívida - o que o estado paga de juros - é insustentável e por isso tem de haver um processo que leve à diminuição desse peso para os contribuintes portugueses. Por outro lado, a imposição de baixar o PIB (empobrecer o país, como confessou Passos Coelho) que está associada aos empréstimos da troika, está a corroer os fundamentos do Estado Social e a nossa economia em geral. Esta recessão está a matar a economia. Tem que se parar esta política do governo PSD/CDS-PP que está a atacar os trabalhadores e pensionistas, a destruir o país.
O povo tem de tomar a palavra!
Será por um lado importante mostrar qual foi a evolução da dívida e qual é a sua composição, ou seja, a quem é que estamos a dever dinheiro. Houve uma alteração dessa composição: há um ano atrás era apenas uma pequena componente que era devida à troika, mas os empréstimos do BCE/EU/FMI têm ganho espaço dentro do endividamento público. Muito importante é também a análise evolução da dívida e o seu crescimento até hoje, a níveis de mais de 120% do PIB, e a análise da sustentabilidade da dívida, ou seja, com uma dívida de 120% do PIB a determinada taxa de juro, sabermos se estamos ou não numa espiral de endividamento suportável. A dívida funciona como bola de neve, ela é insustentável para o país e por isso tem de ser restruturada.
Desde a entrada da troika e deste governo PSD/CDS-PP, a dívida pública portuguesa disparou 27 mil milhões de euros!!!
Também o sistema financeiro, apesar dos dinheiros públicos injetados (mais de 7 mil milhões de euros), não concede o indispensável crédito às atividades produtivas (o financiamento bancário às empresas diminui 13 mil milhões de euros desde Maio 2011 e só a região Norte Conjuntura da CCDRN, a quebra do financiamento à economia foi superior a 8% relativamente a 2011).
Com o governo PSD/CDS-PP há um colossal crescimento da dívida: em dezasseis meses de governo (entre julho de 2011 e novembro de 2012) a dívida cresceu 27.280 milhões de euros, mais de 1,7 mil milhões por mês, 56 milhões de euros/dia ou 2,3 milhões por hora. É um aumento brutal da dívida pública. Quando um governo obtém um empréstimo é suposto utilizá-lo para amortizar a dívida e para investir no melhoramento da capacidade económica do país, para aumentar a produção e poder cumprir mais facilmente o serviço da dívida. Ora o que está a acontecer não é nada disto: nem diminui a dívida, nem há crédito para a economia.
Esta dívida e o peso que tem o serviço da dívida - o que o estado paga de juros - é insustentável e por isso tem de haver um processo que leve à diminuição desse peso para os contribuintes portugueses. Por outro lado, a imposição de baixar o PIB (empobrecer o país, como confessou Passos Coelho) que está associada aos empréstimos da troika, está a corroer os fundamentos do Estado Social e a nossa economia em geral. Esta recessão está a matar a economia. Tem que se parar esta política do governo PSD/CDS-PP que está a atacar os trabalhadores e pensionistas, a destruir o país.
O povo tem de tomar a palavra!
Resgatar a Democracia
Desde que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas estão no governo a dívida pública aumentou 25 mil milhões de euros. E os salários recuaram mais de uma década. São 1,4 milhões de pessoas sem emprego, mais de meio milhão sem qualquer apoio social. São trabalhadores e trabalhadoras que não conseguem pagar a casa, a luz, a comida. PSD e CDS não descansam enquanto o povo não estiver todo condenado à esmola da caridade.
O projeto da direita é o empobrecimento, escondendo-se sempre atrás das entidades internacionais. O Governo encomendou agora ao FMI um estudo que dissesse o que quer fazer. Escolheu a entidade internacional perita na destruição das funções sociais do Estado e lá foram todos dizer ao que vêm. Está no documento (página 5): as propostas tiveram o contributo de todos os ministros do Governo. E de mais ninguém. Ou seja, o estudo é do Governo. E é claro nas intenções: cortar ainda mais nas pensões, aumento das taxas moderadoras na saúde, até que seja mais barato ir à urgência num hospital privado do que num público, aumentar horários de trabalho, cortar salários, aumentar propinas no Ensino (que são já as mais altas da Europa), despedir aos milhares, aumentar a idade da reforma, cortar o subsídio de desemprego.
Sejamos claros. Nada destas medidas tem que ver com o crescimento da economia. Apenas uma realidade lhes interessa: aproveitar a crise para aniquilar o Estado Social e baixar ainda mais os salários.
Esta maioria já impôs à população portuguesa a maior carga fiscal da Europa e o Estado com menos capacidade de resposta às necessidades das pessoas: impostos sim, mas para entregar à finança. Gastamos já mais em juros do que no Serviço Nacional de Saúde. Entregaram à banca, desresponsabilizando os acionistas privados, mais do que custa toda a Escola Pública. Custam mais o BPN do que todos os subsídios de desemprego em 2012.
Este Governo sonha com o país de 1972: analfabetismo, mortalidade infantil ao nível do terceiro mundo, fome, medo e respeitinho. Mas é um Governo tão podre, tão descredibilizado, como as ideias que defende. Chegou pois o tempo de devolver ao povo a decisão sobre o rumo do país. Para que a crise possa ser superada.
Este é um momento das escolhas difíceis: defender o Estado Social, denunciar o Memorando com a troika, reestruturar a dívida para cortar na despesa e criar emprego, controlar o crédito para relançar o investimento, recuperar salários e pensões. Resgatar a democracia.
por: Catarina Martins
in Vivacidade
O projeto da direita é o empobrecimento, escondendo-se sempre atrás das entidades internacionais. O Governo encomendou agora ao FMI um estudo que dissesse o que quer fazer. Escolheu a entidade internacional perita na destruição das funções sociais do Estado e lá foram todos dizer ao que vêm. Está no documento (página 5): as propostas tiveram o contributo de todos os ministros do Governo. E de mais ninguém. Ou seja, o estudo é do Governo. E é claro nas intenções: cortar ainda mais nas pensões, aumento das taxas moderadoras na saúde, até que seja mais barato ir à urgência num hospital privado do que num público, aumentar horários de trabalho, cortar salários, aumentar propinas no Ensino (que são já as mais altas da Europa), despedir aos milhares, aumentar a idade da reforma, cortar o subsídio de desemprego.
Sejamos claros. Nada destas medidas tem que ver com o crescimento da economia. Apenas uma realidade lhes interessa: aproveitar a crise para aniquilar o Estado Social e baixar ainda mais os salários.
Esta maioria já impôs à população portuguesa a maior carga fiscal da Europa e o Estado com menos capacidade de resposta às necessidades das pessoas: impostos sim, mas para entregar à finança. Gastamos já mais em juros do que no Serviço Nacional de Saúde. Entregaram à banca, desresponsabilizando os acionistas privados, mais do que custa toda a Escola Pública. Custam mais o BPN do que todos os subsídios de desemprego em 2012.
Este Governo sonha com o país de 1972: analfabetismo, mortalidade infantil ao nível do terceiro mundo, fome, medo e respeitinho. Mas é um Governo tão podre, tão descredibilizado, como as ideias que defende. Chegou pois o tempo de devolver ao povo a decisão sobre o rumo do país. Para que a crise possa ser superada.
Este é um momento das escolhas difíceis: defender o Estado Social, denunciar o Memorando com a troika, reestruturar a dívida para cortar na despesa e criar emprego, controlar o crédito para relançar o investimento, recuperar salários e pensões. Resgatar a democracia.
por: Catarina Martins
in Vivacidade
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